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Educar – De quem é a responsabilidade? Da Escola ou da Família?
Vilmar Gonçalves
Educar é um processo longo e seu resultado, seja ele positivo ou negativo, também demora um bom tempo para aparecer. Assim sendo, hoje se pode avaliar mediante os resultados que temos claramente evidenciado no dia a dia, que a educação não está acontecendo de forma correta seja ela dentro de casa no convívio com a família, seja na escola. Como vivemos no tempo do imediatismo, percebemos que a educação, por ser um processo longo, está perdendo as suas características principais e tudo está sendo feito de qualquer jeito.
Para complicar ainda mais, há o jogo do empurra, empurra, onde a família diz que a educação é responsabilidade da escola e a escola diz que os pais não estão cumprindo com o seu papel de educar. Com esta discussão para saber a quem cabe o papel de educar, as crianças estão crescendo sem qualquer orientação, fazendo tudo o que querem e achando que são os donos do mundo. O egocentrismo nunca esteve tão evidenciado nas atitudes das crianças, jovens e adultos como nos dias atuais e temos que ter a consciência de que para modificar esta realidade vamos levar algum tempo.
Nos dias de hoje uma pessoa que age com educação e aguarda a sua vez para ser atendido é rotulado como "tonto", ou seja, ser educado hoje é ser boboca ou babaca?!, é pedir para ser passado para trás. Jovens e adultos frutos da revolução na educação que passou de autoritária para condescendente onde ninguém mais toma "BOMBA" de forma radical, não sabem transmitir conceitos de gentileza, de solidariedade, de respeito, de amor. Vivem o dia a dia exercitando o "eu quero", "eu tenho", "eu peguei", "eu...", "eu...'. e o "nós" onde está? Saiu do dicionário? ... E como os pais não têm "tempo" para educar seus filhos e os professores não têm "tempo" para orientar seus alunos, eles vão passando por cima das pessoas como um rolo compressor, sem enxergá-las. E o pior de tudo é que nunca estão satisfeitos. É preciso com muita urgência que se reestruture os conceitos de formação de cidadãos no qual fique bem definido qual é o papel da família e qual é o papel da escola, embora sabemos claro evidente que os dois têm que educar, porém cada um na sua área. Quando se fala que família e escola têm que caminhar juntas não se quer dizer que uma vai desempenhar o papel da outra e sim que uma vai auxiliar e completar a outra.
A escola ao ocupar o lugar da família tentará transmitir valores e conceitos de uma maneira coletiva. Ocorre que o aluno ao agir em casa em conformidade com o que foi ensinado na escola poderá entrar em conflito com os conceitos e hábitos da sua família. Esta realidade acabará por confundir ainda mais a criança que dependendo do lugar que esteja escuta ordens diferenciadas para uma mesma situação. A família não cumpre com a sua responsabilidade de educar e na maioria das vezes não acata as regras quando estas vão de encontro com a sua maneira de agir criando um choque na criança por não encontrar no seu lar o mesmo respaldo. A criança em formação não sabe distinguir qual é a maneira certa e sim qual é a maneira mais fácil. Se em casa tudo é permitido ele avança; se na escola existem regras e estas são praticadas ele as cumpre. Como ele não saberá quais valores são os corretos, criam-se oportunistas e não cidadãos. O certo e o errado não existem para ele e sim o aproveitar a oportunidade. Se na minha casa eu posso fazer o que na escola é proibido, eu vou aproveitar a minha casa e agir como eu quero. Será que é este tipo de pessoa que queremos formar? É normal nos dias de hoje ouvir professor dizer que: não adianta insistir, pois a criança passa alguns anos na escola e o resto da vida com a família, então é melhor deixá-lo agir como ele quer. E a polêmica continua sem se saber a quem pertence à responsabilidade do ato de educar.
A família abdicou desta função, mas não se preocupa se a escola irá suprir esta lacuna. Ao procurar uma escola para matricular seu filho não faz perguntas sobre qual o método utilizado, como agem diante de determinadas situações, quais valores são trabalhados e outros itens pertinentes visando o desenvolvimento total da criança. A real preocupação da família às vezes passa longe do que é realmente é importante: a formação do cidadão. E as escolas por saberem da importância do "aparentar" investem no que os pais dão maior importância, deixando o principal objetivo, que é o de educar e formar cidadãos em segundo plano.
Tanto a escola quanto a família precisa hoje, mais do que nunca, exercitar valores nas suas ações diárias. Somente assim ensinaremos moral, ética e cidadania para nossas crianças. Eles têm que vivenciar, principalmente através dos exemplos das atitudes praticadas pelos que os cercam. Para viver em sociedade é preciso cumprir regras. Elas existem justamente para serem cumpridas e não para serem violadas. A época do jeitinho brasileiro tem que acabar definitivamente. Somente criando indivíduos com fortes conceitos de honra, moral e ética é que poderemos vislumbrar uma mudança radical no nosso país. Este processo é demorado, mas temos que dar o primeiro passo o quanto antes. (Baseado no texto de Cybele Meyer)
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