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Petistas e tucanos cantam vitória e trocam farpas após debate
SÃO PAULO (Reuters) - Cansado após o debate da TV Record, o presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitou fazer comentários sobre sua performance, enquanto seu adversário Geraldo Alckmin (PSDB) criticou a postura irônica do petista. Já os assessores dos dois lados, enxergaram vitória em seus respectivos candidatos e não pouparam ataques aos oponentes.
Os presidenciáveis apareceram mais uma vez usando gravata vermelha e terno escuro, como no debate do SBT na semana passada. O tucano fez diversas anotações a cada resposta que dava, esboçando sorrisos nervosos, enquanto o petista respondia ironicamente suas provocações, depois de balançar a cabeça negativamente durante as perguntas do adversário.
"Não é prudente dar entrevista agora, porque estou cansado", disse Lula a jornalistas ao final de duas horas de confronto na noite de segunda-feira, ainda no palco. No debate do SBT, na semana passada, o presidente conversou com a imprensa na chegada e saída, animado com a divulgação de mais uma pesquisa eleitoral.
Para Alckmin, que voltou a ser um pouco mais agressivo, Lula exagerou na ironia. "Cada um tem um estilo, eu não sou muito chegado a ironia, acho que nós temos questões sérias no Brasil que precisam ser enfrentadas", disse Alckmin a jornalistas.
Luiz Gonzalez, coordenador de comunicação de Alckmin, afirmou que este foi o melhor debate entre os três que aconteceram neste segundo turno. Para ele, seu candidato conseguiu mesclar questões "programáticas e morais", atendendo aos eleitores que votam no tucano e "querem ver sangue", além de outros que estão ainda na dúvida.
Sentada na primeira fileira, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT), coordenadora da campanha paulista, disparou contra o tucano.
"Não achei mais agressivo que outras vezes, achei que era um disco daqueles antigos, chatos de ouvir, monocórdios, um sonífero", disse Marta. "Quando Lula respondia, você acordava, porque aí tinha alguém com sangue pulsando nas veias."
Antigo desafeto dos petistas, o deputado Delfim Netto (PMDB-SP) marcou presença também na primeira fila, ao lado de Marta e do ministro das Relações Institucionais Tarso Genro, com quem trocava comentários.
Apesar de ficar atento a todos os lances, Delfim mostrou insatisfação com o confronto. "Na minha opinião, o debate não acrescenta nada, realmente deve confundir muito", disse.
Já o senador Heráclito Fortes (PFL-PI), presente nos dois outros debates e sempre participativo com aplausos da platéia ao tucano, afirmou o contrário. "Acho que a legislação eleitoral deveria ser modificada, e fazer os candidatos participarem mais de debates, tirar um pouco a genialidade do marqueteiro e por a cabeça do candidato a julgamento", disse.
Para o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), Alckmin acertou ao citar pelo menos seis vezes acusações de corrupção no governo atual.
"O Lula acostumou-se a não ser contrariado, e qualquer coisa que o contrarie, o aborrece profundamente", disse Tasso. "Alckmin sai vencedor, muito claramente, porque mostrou que além de competente é um homem absolutamente comprometido com a questão ética," disse.
O ministro Tarso afirmou que Alckmin "não ganha nada com o debate". "Ele não só não domina os temas mais amplos de governo, como não apresenta nada de novo, a não ser o velho ranço preconceituoso de que Lula não sabe governar", disse o petista, acompanhado de outros cinco ministros.
Um momento de tensão no debate foi provocado por Alckmin ao responder uma pergunta de uma jornalista sobre quais seriam os seus defeitos. "Tenho muitos defeitos, roubar não", afirmou.
Na sequência, Lula respondeu fazendo referência às acusações a Barjas Negri, o ex-ministro da Saúde de Fernando Henrique Cardoso, supostamente envolvido com a máfia dos sanguessugas.
"O presidente não é um neófito, sabe se controlar. Uma das coisas que caracteriza um chefe de Estado é ter sangue frio", disse Marco Aurélio Garcia, coordenador geral da campanha de Lula, referindo-se às provocações.
Os presidenciáveis apareceram mais uma vez usando gravata vermelha e terno escuro, como no debate do SBT na semana passada. O tucano fez diversas anotações a cada resposta que dava, esboçando sorrisos nervosos, enquanto o petista respondia ironicamente suas provocações, depois de balançar a cabeça negativamente durante as perguntas do adversário.
"Não é prudente dar entrevista agora, porque estou cansado", disse Lula a jornalistas ao final de duas horas de confronto na noite de segunda-feira, ainda no palco. No debate do SBT, na semana passada, o presidente conversou com a imprensa na chegada e saída, animado com a divulgação de mais uma pesquisa eleitoral.
Para Alckmin, que voltou a ser um pouco mais agressivo, Lula exagerou na ironia. "Cada um tem um estilo, eu não sou muito chegado a ironia, acho que nós temos questões sérias no Brasil que precisam ser enfrentadas", disse Alckmin a jornalistas.
Luiz Gonzalez, coordenador de comunicação de Alckmin, afirmou que este foi o melhor debate entre os três que aconteceram neste segundo turno. Para ele, seu candidato conseguiu mesclar questões "programáticas e morais", atendendo aos eleitores que votam no tucano e "querem ver sangue", além de outros que estão ainda na dúvida.
Sentada na primeira fileira, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT), coordenadora da campanha paulista, disparou contra o tucano.
"Não achei mais agressivo que outras vezes, achei que era um disco daqueles antigos, chatos de ouvir, monocórdios, um sonífero", disse Marta. "Quando Lula respondia, você acordava, porque aí tinha alguém com sangue pulsando nas veias."
Antigo desafeto dos petistas, o deputado Delfim Netto (PMDB-SP) marcou presença também na primeira fila, ao lado de Marta e do ministro das Relações Institucionais Tarso Genro, com quem trocava comentários.
Apesar de ficar atento a todos os lances, Delfim mostrou insatisfação com o confronto. "Na minha opinião, o debate não acrescenta nada, realmente deve confundir muito", disse.
Já o senador Heráclito Fortes (PFL-PI), presente nos dois outros debates e sempre participativo com aplausos da platéia ao tucano, afirmou o contrário. "Acho que a legislação eleitoral deveria ser modificada, e fazer os candidatos participarem mais de debates, tirar um pouco a genialidade do marqueteiro e por a cabeça do candidato a julgamento", disse.
Para o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), Alckmin acertou ao citar pelo menos seis vezes acusações de corrupção no governo atual.
"O Lula acostumou-se a não ser contrariado, e qualquer coisa que o contrarie, o aborrece profundamente", disse Tasso. "Alckmin sai vencedor, muito claramente, porque mostrou que além de competente é um homem absolutamente comprometido com a questão ética," disse.
O ministro Tarso afirmou que Alckmin "não ganha nada com o debate". "Ele não só não domina os temas mais amplos de governo, como não apresenta nada de novo, a não ser o velho ranço preconceituoso de que Lula não sabe governar", disse o petista, acompanhado de outros cinco ministros.
Um momento de tensão no debate foi provocado por Alckmin ao responder uma pergunta de uma jornalista sobre quais seriam os seus defeitos. "Tenho muitos defeitos, roubar não", afirmou.
Na sequência, Lula respondeu fazendo referência às acusações a Barjas Negri, o ex-ministro da Saúde de Fernando Henrique Cardoso, supostamente envolvido com a máfia dos sanguessugas.
"O presidente não é um neófito, sabe se controlar. Uma das coisas que caracteriza um chefe de Estado é ter sangue frio", disse Marco Aurélio Garcia, coordenador geral da campanha de Lula, referindo-se às provocações.