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Eleitores entre 16 e 17 anos vão bater recorde de presença nas eleições 2006.
Conforme matéria publicada pela agência Reuters de São Paulo, pelo repórter Maurício Savarese, apesar da idéia de que não estão nem aí para as eleições e de não serem obrigados a votar antes da maioridade, os jovens de 16 e 17 anos deverão ter em outubro deste ano, maior participação nas urnas desde que exerceram o direito pela primeira vez, em 1994.
Conforme os números definitivos publicados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para as eleições deste ano, esses adolescentes representam 2,47 por cento do total de brasileiros aptos a votar, bem à frente dos 2,24, segundo maior nível, observados nas eleições de 12 anos atrás.
A maioria dos mais de três milhões de eleitores menores de idade que votarão em outubro deste ano é formada por mulheres, com pequena diferença: 1,56 milhão de garotas ante mais de 1,5 milhão de rapazes.Para o cientista social Sérgio Abranches, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), essa alta participação não se deve a interesse por política, mas sim a fatores psicológicos e questões populacionais.
"Eles tiram título de eleitor porque é o primeiro documento da idade adulta ao qual eles têm acesso, já que não podem dirigir, por exemplo. É uma espécie de credencial para a vida adulta, mais para satisfação pessoal do que vontade de exercer influência no processo político", disse Abranches à Reuters."Esse número é grande porque eles fazem parte do maior conjunto de pessoas nascidas no mesmo período", acrescentou.
Há quatro anos, na eleição que levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto, a predominância entre os 2,2 milhões de eleitores mais jovens foi de homens, que eram mais de 1,1 milhão, diante de pouco mais de 1 milhão de mulheres. Juntos, eles compunham 1,92 por cento do total.Hoje, a maior parte desse grupo que irá às urnas é de garotas, como a secundarista Fabiana Sawaya, de 17 anos.
"Na verdade eu nem gosto de política. Tirei o título porque fico irritada com os governantes do Brasil e com as pessoas que não enxergam o que ocorre. Por isso eu quis tirar o título, para me diferenciar", disse à Reuters. Ela votará no candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.Já o estudante Éverton Rodrigo da Silva, que completará 17 anos no fim de agosto, votará em Lula, por herança familiar. "Em casa a gente discute política e todo mundo sempre votou no PT. Não voto no Lula só por causa do meu pai ou da minha mãe, mas acho que isso pesou bastante tanto para tirar o título mais cedo como para escolher o candidato", afirmou.
Em 1994, quando o tucano Fernando Henrique Cardoso venceu as eleições presidenciais, 2,1 milhões de adolescentes entre 16 e 17 anos foram pela primeira vez às urnas, representando 2,24 por cento do eleitorado.Quatro anos mais tarde, na reeleição do então presidente, o número caiu: 1,78 por cento do eleitorado foi composto por menores de idade, somando 1,9 milhão de pessoas.
Segundo Abranches, não há tendência de crescimento da participação dos menores de idade no eleitorado apesar dos níveis recorde destas eleições. "Vai continuar grande o número de eleitores se inscrevendo, mas esse número tende a se estabilizar. Na próxima eleição talvez não seja tanto quanto nesta", completou.
Conforme os números definitivos publicados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para as eleições deste ano, esses adolescentes representam 2,47 por cento do total de brasileiros aptos a votar, bem à frente dos 2,24, segundo maior nível, observados nas eleições de 12 anos atrás.
A maioria dos mais de três milhões de eleitores menores de idade que votarão em outubro deste ano é formada por mulheres, com pequena diferença: 1,56 milhão de garotas ante mais de 1,5 milhão de rapazes.Para o cientista social Sérgio Abranches, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), essa alta participação não se deve a interesse por política, mas sim a fatores psicológicos e questões populacionais.
"Eles tiram título de eleitor porque é o primeiro documento da idade adulta ao qual eles têm acesso, já que não podem dirigir, por exemplo. É uma espécie de credencial para a vida adulta, mais para satisfação pessoal do que vontade de exercer influência no processo político", disse Abranches à Reuters."Esse número é grande porque eles fazem parte do maior conjunto de pessoas nascidas no mesmo período", acrescentou.
Há quatro anos, na eleição que levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto, a predominância entre os 2,2 milhões de eleitores mais jovens foi de homens, que eram mais de 1,1 milhão, diante de pouco mais de 1 milhão de mulheres. Juntos, eles compunham 1,92 por cento do total.Hoje, a maior parte desse grupo que irá às urnas é de garotas, como a secundarista Fabiana Sawaya, de 17 anos.
"Na verdade eu nem gosto de política. Tirei o título porque fico irritada com os governantes do Brasil e com as pessoas que não enxergam o que ocorre. Por isso eu quis tirar o título, para me diferenciar", disse à Reuters. Ela votará no candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.Já o estudante Éverton Rodrigo da Silva, que completará 17 anos no fim de agosto, votará em Lula, por herança familiar. "Em casa a gente discute política e todo mundo sempre votou no PT. Não voto no Lula só por causa do meu pai ou da minha mãe, mas acho que isso pesou bastante tanto para tirar o título mais cedo como para escolher o candidato", afirmou.
Em 1994, quando o tucano Fernando Henrique Cardoso venceu as eleições presidenciais, 2,1 milhões de adolescentes entre 16 e 17 anos foram pela primeira vez às urnas, representando 2,24 por cento do eleitorado.Quatro anos mais tarde, na reeleição do então presidente, o número caiu: 1,78 por cento do eleitorado foi composto por menores de idade, somando 1,9 milhão de pessoas.
Segundo Abranches, não há tendência de crescimento da participação dos menores de idade no eleitorado apesar dos níveis recorde destas eleições. "Vai continuar grande o número de eleitores se inscrevendo, mas esse número tende a se estabilizar. Na próxima eleição talvez não seja tanto quanto nesta", completou.