Câmara Municipal de Lagoa Formosa

Notícias

21/08/2006

Cartilha orienta eleitor a não votar em candidatos corruptos

Acompanhar a trajetória do candidato e evitar votar em políticos envolvidos em suspeitas de corrupção. Estas foram as principais recomendações do arcebispo da Paraíba Dom Aldo di Cillo Pagotto para os eleitores, durante o lançamento da Cartilha das Eleições 2006 realizado na última quinta-feira, dia 19, no Palácio dos Bispos, em João Pessoa.
Como o próprio título sugere, a cartilha traz orientações da Arquidiocese da Paraíba para a participação do povo de Deus nas eleições 2006 e políticas públicas. De acordo com Dom Aldo, o documento propõe uma reflexão não só para o período eleitoral, mas para uma participação efetiva da sociedade no desenvolvimento das políticas públicas. "A política é uma função que diz respeito a todos nós e é uma das melhores formas de exercemos nossa cidadania. Por isso, o papel da Igreja é participar, não com partidarismo político mas estimulando o envolvimento da sociedade, buscando um desenvolvimento pleno e sustentável não só para a Paraíba, mas em todo o país", afirmou.
Além de orientações com o objetivo de formar a consciência política do cidadão, a cartilha oferece sugestões de políticas públicas, almejando um projeto de Nação e de Estado. Durante a entrevista coletiva, Dom Aldo voltou a defender a Transposição do Rio São Francisco como umas das medidas emergenciais e vitais para a Paraíba.
"Não há mais lugar para as rivalidades políticas, o que nos interessa é uma construção dos interesses da sociedade. A revitalização do Rio São Francisco, por exemplo, precisa ser discutida, para nós é uma questão vital para a Paraíba", afirmou.
As cartilhas serão distribuídas nas paróquias e também aos candidatos como sugestões de políticas públicas para a Paraíba. "Não é com distribuição de feirinhas que vamos crescer e sim, com medidas efetivas e políticas públicas eficazes para o desenvolvimento de nosso Estado", enfatizou.
A cartilha traz ainda um alerta sobre o combate à corrupção eleitoral, orienta os fiéis da Igreja Católica a não votar nulo ou em branco e explica as funções dos Poderes Legislativo e Executivo no país. "Você não pode jogar fora o seu direito e dever de eleger políticos comprometidos com a inclusão social. Acompanhe a trajetória dos eleitos", afirma um trecho da cartilha. Sobre essa questão, Dom Aldo fez ainda uma comparação: "Escolher o candidato é como escolher o marido para sua filha. Você precisa investigar, saber se o rapaz tem bons precedentes.
“Da mesma forma como na Seleção Brasileira não pode colocar um jogador perna de pau, assim também é preciso conhecer e investigar a trajetória do candidato para eleger bem o seu representante”, disse. Em relação à participação de padres na política, Dom Aldo não se manifestou contrário, mas informou que os três candidatos no Estado, Frei Anastácio, Padre Adelino e Luiz Couto, já receberam uma carta com orientações da arquidiocese.
A carta dispensa os religiosos do exercício do ministério sacerdotal durante o período eleitoral e os proíbe de realizar missas, principalmente em dias festivos. "Isso deve ser evitado para não confundir os atos religiosos com propaganda eleitoral", justificou.
Fonte: O Norte